21 março 2011

Só um menino feliz brincando com sua bola...

Neymar estrela campanha da Nextel, que parte para o emocional e nos faz confundir o dia dos pais
Em meados de 2010, a Nextel conquistou o público com uma campanha onde alguns famosos interagiam suas histórias com a própria marca. Um dos filmes que mais agradou o público na época, foi o que trazia o ator Fábio Assunção fazendo sua narrativa.
Neste mês de março, dando sequência a campanha, a Nextel traz como garoto-propaganda o jogador de futebol Neymar (e seu pai! Calma, ainda não estamos em agosto), que fala dos altos e baixos que a profissão e o expressivo contato com o público impõem a ele.
Um filme sem dúvidas bonito, bem feito, com um texto bem escrito e até mesmo bem narrado pelo próprio jogador.
Porém, minha grande concepção de toda esta campanha, desde que o ano passado, é que o contexto desta campanha, onde famosos deixam seus depoimentos pessoais, não tem absolutamente NADA que ligue ao conceito do produto. É puro apelo emocional, e funciona. O público passa a olhar a marca com bons olhos, e admirar o produto e a personagem, mas não existe uma relação de conceitos entre os mesmos.
Inclusive, em mais uma observação sobre o atual filme, eu tive a ligeira impressão que ele foi exibido em época errada. Neymar fala de sua vida e logo em seguida relaciona toda sua trajetória ao desejo de ser como o pai, eis que este entra em cena. Não seria um filme mais propício para o mês de agosto, em comemoração ao dia dos pais? Confesso que quando assisti pela primeira vez, fiquei com a sensação de que o dia dos pais já estava próximo, e me desesperei pois ainda não tinha me organizado para comprar o presente do meu (rs), mas logo a ficha caiu e me tranqüilizei.
Enfim, volto a afirmar que a campanha é boa e bem feita, porém não traz o conceito do produto, e ás vezes é ruim, pois a primeira vista você demora para ligá-lo ao mesmo. Mas sem dúvidas, é um comercial que fica na mente, emociona e divulga a marca através destes apelos, e a estratégia acaba sendo, sensacional(ista?)! 
Abaixo, o filme estrelado pelo jogador:
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Um comentário:

  1. Este fenômeno se chama "storytelling", no caso da publicidade há um livro muito bom de Andrea Fontana (2009) chamado Storyselling, e pode te ajudar a entender essa nova corrente que utiliza a arte de contar histórias, experiências de vida, entre outros, para conquistar o consumidor. Atrela a experiência de vida, ou a admiração pelo estilo de vida de alguém à marca sem fazer menção explícita a esta ultima. Espero tê-lo ajudado.

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