Serra, Dilma e muitas emoções

Frente a frente, os dois principais 'produtos' lançam todas as armas para alcançar o público alvo.

 Agora é frente a frente! De candidato para candidato, de marqueteiro para marqueteiro!  A partir de hoje, começa a relargada na campanha eleitoral em programas de TV e rádio. Cada programa terá 10 minutos de duração, e será levado ao ar até o dia 29 de outubro. Os dois candidatos ainda terão direito a 15 inserções de 30 segundos diárias em todas as emissoras.

O show fica por conta do marketing, é claro, que mais uma vez, pretende emocionar, cativar e conquistar os votos de cada telespectador. Confira algumas táticas que serão levadas ao ar ainda já nos próximos dias.

Dilma, e a arma das privatizações

Com a imagem desgastada e cansativa, o presidente Lula deverá aparecer menos na campanha, dando lugar a líderes regionais do PT e aliados vitoriosos no 1º turno. A arma principal de Dilma será a mesma que massacrou Geraldo Alckimin em 2006: as privatizações do PSDB no passado.  A petista ainda fará comparações ainda mais duras entre o governo FHC e o governo Lula.

Para acabar com a boataria e reconquistar o eleitorado perdido, o programa de Dilma, será com ares de celebração da vida, forma indireta de dizer que é contrária ao aborto. As mesmas táticas emocionais e alegres serão levadas a Televisão, de modo a cativar o público. Os programas ainda mostrarão a relação entre Dilma e classe baixa e reforçar os índices de diminuição da pobreza no país. Os programas sociais serão ainda mais explorados.

E para rebater o tucano, há a possibilidade do PT assumir um tom ainda mais agressivo, respondendo em alto nível as acusações já feitas pelo PSDB.

A principal aposta do PT está em apertar com toda a força a tecla do favoritismo de Dilma nos resultados do primeiro turno.

Serra, e mais vida...

  Sem dúvidas, durante a campanha eleitoral poderemos dizer: ‘Nunca antes na história deste país, a vida foi tão valorizada’. Serra trará o mesmo assunto, a valorização da vida, também será explorada em seus programas, mas com tom de insinuações a suposta posição da adversária.  Vale lembrar que os ataques serão mantidos.

Serra também faz questão de “congratular” Marina Silva, já no primeiro programa, pela expressiva votação, que levou o pleito ao segundo turno.

 Ao contrário do que foi feito com Lula, sendo o garoto-propaganda da campanha Dilma, o PSDB também usará FHC nesta reta final, mas como uso preventivo e não ligado a marketing – afinal, a grande maioria não simpatiza mais com a figura do ex-presidente. Os garotos propaganda na campanha de Serra, serão tucanos de influências e vitoriosos nos principais colégios eleitorais do país, como Alckimin, Aécio Neves, entre outros.

A insistência na forte biografia de Serra continuará e a novidade fica por conta de propostas mais concretas. Nos programas de TV, a equipe de comunicação prepara táticas que levem ao entusiasmo, explorando imagens do Brasil, com visão para um futuro otimista para o país, além é claro, da proximidade cada vez maior entre Serra e o telespectador, tentando tirar a expressão de carrancudo do candidato.

Serra ainda irá comparar Dilma a Collor, citando as conseqüências ao eleger um candidato que ninguém conhecia. O tucano ainda fará insinuações das relações de Lula com o Irã. Fórmula abatida, né?!

É dada a RELARGADA!